sexta-feira, 13 de julho de 2007

Psicodelia Brasileira Recomenda:


O Arquivo do Rock Brasileiro é um projeto criado e mantido pela Associação Cultural Dynamite, com patrocínio da Petrobras, através das Leis de Incentivo Fiscal, e tem como finalidade o resgate e a reunião de gravações musicais, depoimentos, revistas, livros, fotos, objetos, artefatos em geral, relacionados ao universo do Rock produzido no Brasil, desde seus primórdios até os dias de hoje. Instalado no Museu da Imagem e do Som, a partir de julho de 2007, esse projeto inclui ainda shows, exposições itinerantes pelas principais cidades do país, publicação de livros, CDs e DVDs, entre outros eventos paralelos. Faltava apenas isso para a definitiva aceitação e inclusão do Rock na cultura brasileira.
Nesta primeira fase, o projeto Arquivo do Rock Brasileiro engloba as origens do estilo (ainda nos anos 1950), passando pelo estouro protagonizado pela Jovem Guarda (anos 1960), até sua maturidade (anos 1970), visando resgatar o que de melhor fizeram artistas como Tony Campello, Albert Pavão, Jerry Adriani, Made in Brazil, Casa das Máquinas, Tutti Frutti e tantos outros que foram esquecidos pela grande mídia. Desde suas primeiras gravações em 1955, o rock brasileiro tem muito que contar e muito do que se orgulhar nestes 52 anos de história e batalhas. Para começar, conciliou-se com dois grandes "inimigos": os 'Nacionalistas', que não admitiam um ritmo estrangeiro no Brasil, e os 'Rockers' mais radicais que só aceitavam rock norte-americano ou inglês. Pois bem, os 'Nacionalistas' se esquecem de um fato muito simples: em toda a história da música popular brasileira, sempre houve gêneros e ritmos estrangeiros que, chegando ao Brasil, se adaptaram a ponto de ganharem status de música brasileira. De modo que temos a valsa brasileira, o tango brasileiro, o fox brasileiro, a guarânia brasileira. Então por que não rock brasileiro? Quanto aos demais "in", lembraremos que o rock foi o ritmo estrangeiro mais bem difundido em todo o mundo, e em qualquer país há roqueiros dos melhores; no caso do Brasil, Roberto Carlos, os Mutantes e o Sepultura são apenas três nomes cultuados em nível mundial. O que até agora distinguia o rock brasileiro de outros países era menos preocupação com sua memória. Lá fora temos premiações como o Rock And Roll Hall Of Fame, museus como as filiais do Hard Rock Café, muitas gravadoras dedicadas a reedições como Rhino e Rev-Ola, sem falar em inúmeras listas de discussões e portais na Internet. No Brasil, país famoso pela "falta de memória" até em relação á MPB tradicional, consideremos então o rock brasileiro. Apenas alguns abnegados se dispunham a recuperar gravações raras, coletar depoimentos, pesquisar e escrever livros. Apesar de todo o sucesso do rock brasileiro, somente Roberto e Erasmo Carlos, Celly Campelo, Rita Lee, Raul Seixas e Secos & Molhados possuem seus trabalhos efetivamente re-editados em formato de CD, ainda em catálogo, com obras disponíveis em lojas, mas ainda assim com lacunas. A chamada Jovem Guarda tem sido objeto de um bom resgate; faltava quem resgatasse o rock brasileiro como um todo, especialmente suas origens, desde o início em 1955 até sua maturidade nos anos 1970. Agora não falta mais.
Vai lá no MIS!
ServiçoExposição Arquivo do Rock BrasileiroDe 11 de julho a 5 de agosto
Térreo Sala Alex Vallauri e 2º andar Anexo Sala Multimídia
O MIS fica na avenida Europa, 158.
Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 21h.
Ingressos (espaços expositivos): R$ 3 e 1,5 (meia-entrada). No sábado, a entrada é franca.
Tel.3062.9197/ 3088.0896
Estacionamento: R$ 5 e R$ 10
OBS> Nas fotos: De cima pra baixo, da esquerda para a direita - Lanny Gordin, Eduardo Araújo, Secos e Molhados, Julio Medaglia,Tony Ozanah e Walter Franco, Liminh, Jorge Mautner

6 comentários:

Anônimo disse...

Que notícia boa! Vou espalhar.
Muito obrigada!

Anônimo disse...

Aline,

Você não sabe o bem que está fazendo à cultura brasileira divulgando essa exposição.

É fato: tudo que chega ao Brasil ganha cara de Brasil. E o rock, por aqui, ganhou feição especial - arrisco dizer que melhoramos o rock.

Valeu!

Rogerio Duarte

Athos disse...

Olá!
Bem bacana o blog,achei coincidentemente no youtube,quando buscava sobre o Som Imaginário,é um material que está sendo um prato cheio para mim,fã da contra-cultura em geral,em especial a psicodelia nacional.
Tchau!
Athos Lourenço.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Maravilha de projeto !!!
Alguns dos discos dessa época,voce vai encontrar aqui no:http://cogumelomoon6070brasil.blogspot.com/
abraço !!!

Anônimo disse...

Ótima notícia, parabéns Aline!