

Ronnie é bem diferente dos outros personagens do livro. Vem de família riquíssima, tradicional, estudou, tem bons modos. Mas, muito jovem, veio para São Paulo (ele é do Rio), largou tudo e foi morar numa pensão mequetrefe no centrão. Claro que a beleza estonteante do rapaz ajudou, e logo ele foi contratado por uma gravadora. Sempre orientado pelo "departamento comercial", ele vendia horrores fazendo versões e músicas bonitinhas.
Hoje, tem horror ao primeiro disco. Ficou puto porque a Universal o relançou. Afirma e reafirma que o estereótipo de bom moço foram os outros que colocaram - e isso ele nunca foi. Os discos malucos dele, entre 68 e 72, foram uma tomada de fôlego, a oportunidade para mostrar quem ele realmente era. E ele afirma isso: aquilo é que era ele, não "Meu bem" ou "A praça".
Ronnie lutou, lutou, lutou contra o estereótipo que lhe colocaram - mas, no fim, acabou se rendendo. Com mágoas, mas se rendeu.
Veja um aperitivo em que explica porque não entrou na onda do ácido:
Um comentário:
Aê! Ronnie Von gente bonissíma.
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